“Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.”
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cordelaço Eletrônico
Kmargo (Camarguinho, pros da antiga) e Valério, são dois poetas. Mais que isso, são artistas no sentido amplo da palavra, foram aquinhoados de verso, mas les faltou la plata. Sem problema, quem tem dom e não se gasta, aguenta no osso a falta do vil metal. Vai inventado, roendo e driblando, até achar o jeito de viver com pouco sem perder a rima. Pelo contrário, quanto mais falta e mais aperta o cinto, mais afrouxa a verve.
Fazia tempo que se negaciavam pra uma publicação conjunta a ser lançada na Feira do Livro de Santa Maria. Já participaram de algumas investidas com outros parceiros e também os dois juntos, noutros rolos, mas agora ponteou. Na base da criatividade, acolheraram uns versos e numa tarde de garoa, me apareceram pra “arrumar” numa publicação de jeito a pendurar, tipo cordel. O “Cordelaço Eletrônico”, como foi batizado pela dupla.
Ta bom! Achei lindo o projeto e muito mais os versos, assim partimos logo pra sua execução. Foram várias marcadas, algumas transferidas e outros desencontros pra finalmente concluir o trabalho. Resultou num livreto feito a mão em formato de cordel e mais alguns painéis com os poemas ampliados, para serem pendurados num varal no dia do lançamento. Dizem que estava mui lindo e que os xirus fizeram sucesso, pena que não pude ir, pois tive que ficar com minha velha.
Firoletes a parte, o que acho é que esse foi o projeto mais inovador e criativo da Feira, pois apesar de pautar-se num gênero folclórico, o cordel, essa foi a saída encontrada para que esses poetas sem posses materiais, pudessem participar, contando com poucos recursos para investir, dessa oportunidade de contato com o público, para mostrar seu trabalho.
A Feira do Livro de Santa Maria cresce a cada ano em todos os sentidos, desde a participação e interesse crescente do público, como no aperfeiçoamento da apresentação gráfica da produção literária local. Nossos escritores estão se “puxando” para aperfeiçoar o conteúdo de suas obras e na medida do possível investindo numa apresentação profissional, mesmo que seja criativa e de forma alternativa, isso tudo para garantir um espaço digno na prateleira do leitor.
Esta valendo à pena participar dessa história.
Trio escadaria: Kmargo, Byrata e Valério (o poeta das alturas), clicados pelo Gabriel Lopes, meu filho. |
4 comentários:
byrata meu caro. como vais?
naquele dia eu estava correndo e não comprei este livro.
como eu faço para comprar um?
grande abraço véio.
aguinaldo
Olá Aguinaldo!
Posso te conseguir o Cordelaço Eletrônico. Marcamos uma "ponte" como se dizia antigamente (anos 80) ou posso te enviar pelo correio.
Abração!
olá
pois façamos uma ponte... passando pelo ponto de cinema.
deixe dois exemplares do cordelaço lá e diga por favor quanto custam, que eu deixo o dinheiro em um envelope a seus cuidados.
que tal?
um abraço
aguinaldo
um dos exemplares é para um amigo paulista meu.
Certo Aguinaldo! Vou solicitar os dois exemplares aos autores e deixarei no Ponto.
Abraço!
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